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Conselho Municipal do Direito da Mulher lança campanha para plantão 24h da DEAM


11 de agosto de 2017, 16:52

A noite desta quinta-feira (10) foi um marco para o movimento de mulheres em Alagoinhas. Após 17 anos da aprovação da lei que criou o Conselho Municipal do Direito da Mulher, houve a efetivação da instituição que tem o compromisso de fiscalizar as ações governamentais de políticas para as mulheres aplicadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS).

Durante o encontro realizado no Hotel Kasa Grande mulheres de diversas entidades, movimentos sociais, da zona urbana e rural de Alagoinhas, além de ativistas de outras cidades, como Salvador compareceram para lançar a campanha ‘Sim, eu protejo a mulher’, proposta pelo Conselho Municipal de Defesa da Mulher junto a SEMAS, por intermédio da Coordenação de políticas para mulheres, comandada por Cristiane Nascimento, que também é vice-presidente do Conselho.

Foto: Roberto Fonseca/SECOM

A ação tem como objetivo colher assinaturas para apresentar ao governador do estado e secretário de segurança pública a solicitação de atendimento 24h na DEAM do município. O pleito é incentivado pela estatística que aponta maior índice de violência contra mulher durante a noite e nos finais de semana, além do plantão o documento pretende solicitar o aumento do efetivo na delegacia. As assinaturas serão colhidas entre 11 de agosto a 7 de setembro.

Com brilho nos olhos a presidente do Conselho, Juci Cardoso, comemorou o encontro, “esse evento é um marco porque agora é um momento que começa um embrião de organização de mulheres diversas, de unidade, de fortalecimento da luta e deixar de pensar na minha dor individual e pensar no coletivo e este é o momento de iniciar esse debate”, conta.

Primeira dama, Carla Reis. Foto: Roberto Fonseca/SECOM

“Esse é um momento que simboliza a vitória, a luta e a garra da mulher. É uma conquista nossa. Os organizadores estão de parabéns por reunir tantas mulheres aqui para discutir sobre seus direitos e avanços. Precisamos nos manter unidas, assim conquistaremos muito mais”, parabenizou a primeira dama, Carla Reis.

O secretário da SEMAS, Alfredo Menezes esteve na reunião e demonstrou satisfação em finalmente, após tantos anos, poder atender uma demanda urgente e necessária para as mulheres de Alagoinhas. “É uma noite de comemoração para elas, nota-se pelo brilho nos olhos de Juci Cardoso [presidente do conselho]. É uma luta de muitos anos das mulheres e que só agora com a instalação de um governo com competência e sensibilidade para perceber como é importante ter um conselho como esse funcionando”, afirma.

Representantes da administração municipal também estiveram na reunião, mostrando apoio às causas femininas. Não só a equipe da SEMAS, como também estiveram no evento Jaldice Nunes, subsecretária da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (SEDEA), a delegada titular da DEAM, Rosilene Régis, representantes femininas da Polícia Militar e Guarda Municipal, fazendo referência a Ronda Maria da Penha. “Esse evento representa para mulher o sentimento de que ela não está só, existe toda uma rede disposta a ajudar e auxiliar nesse momento difícil para ela”, disse a delegada Rosilene Régis.

Foto: Roberto Fonseca/SECOM

Em parceria firmada pela SEMAS e SEDEA serão oferecidas para as mulheres assistidas pela rede de proteção vagas de emprego, cursos e oficinas de qualificação profissional por meio do Serviço de Intermediação de Mão de Obra (SIIM). “A SEDEA participa do Conselho de Defesa do Direito das Mulheres com a titular Taislane Santos que é a coordenadora do SIIM. Nossa intenção é interagir com outras secretarias e dar acesso e oportunidade de emprego para essas mulheres que são vítimas de violência e providenciar que elas façam parte dos nossos programas”.

Discursos empoderados tomaram conta da noite, todos reforçavam a vulnerabilidade em que a mulher está sujeita, mas principalmente a necessidade de não silenciar as vítimas e encorajá-las para procurar apoio. “Esse movimento aqui pode salvar vidas. A prefeitura de Alagoinhas hoje tem uma rede de proteção à mulher que funciona bem, especialmente o CRAM, mas muitas mulheres não conhecem porque as gestões anteriores não fizeram o devido trabalho de relação com esse movimento social para que essas mulheres tivessem acesso ao serviço público que é direito delas”, finaliza Juci Cardoso.

 

 

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