Prefeitura inicia plantio de 200 mudas para a recuperação de áreas degradadas no Sobocó

19 de julho de 2019, 16:50

Com foco em fortalecer práticas sustentáveis, em restaurar os processos ecológicos essenciais e em contribuir para preservação de biomas e recursos hídricos, a Prefeitura iniciou, esta semana, um plantio de 200 mudas que serão utilizadas na recuperação de áreas degradadas no Sobocó.

A iniciativa partiu de uma parceria entre Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (SEDEA) e Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), que uniram esforços, aliaram equipes e estudaram um Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) para desenvolver a ação.

Foto: Roberto Fonseca

Nesta sexta-feira (19), mudas de Pitanga, Acerola, Pau-Brasil, Pata de Vaca e pelo menos 4 diferentes tipos de Ipê foram plantados na área do Sobocó. O secretário municipal de desenvolvimento e meio ambiente, José Edésio Cardoso, e a diretora geral do SAAE, Maria das Graças Reis, acompanharam de perto o plantio e salientaram a importância da ação integrada.

Segundo o gestor da pasta de Meio Ambiente, o plantio para a recuperação de áreas degradadas faz parte do programa “Alagoinhas 3+”, que desde 2018 propõe envolver poder público e sociedade civil na adoção de práticas sustentáveis.

Foto: Roberto Fonseca

“Nada melhor que a SEDEA, assumindo essa posição, atue diretamente nessas áreas verdes. Nós compreendemos a necessidade de se fortalecer os laços entre instâncias municipais e sociedade para pensar a construção de um ambiente ecologicamente equilibrado”, pontuou José Edésio Cardoso.

Para Maria das Graças, os reflexos da recuperação da vegetação nativa são efetivos. “Quando vegetações são retiradas dos leitos dos rios, estamos degradando o meio ambiente e diminuindo a capacidade de exploração do lençol. Considero extremamente importante a recuperação da vegetação nativa aqui no Sobocó, que é nossa principal captação de água”, acrescentou.

Foto: Roberto Fonseca

A escolha do local não foi arbitrária. A Estação Engenheiro Francisco Távora (Captação Sobocó) é responsável por 60% do abastecimento de água do município, e de acordo com o laborista Adriano Almeida, os impactos do plantio na recuperação da área são diretos.

Foto: Roberto Fonseca

“Tudo é um ciclo. Chove, a água infiltra no solo e pode chegar ao lençol freático. No lençol freático, algumas substâncias são indesejáveis. Quando eliminamos fezes e urina, por exemplo, diariamente, tem alguns nutrientes que são negativos. O nitrogênio, por exemplo, sofre decomposições até chegar a nitrato, uma substância estável, mas ruim para a água. Tanto o nitrato quanto o nitrito. O nitrato, em grande quantidade e ao longo do tempo, consumido em excesso, pode gerar câncer intestinal. O plantio impacta positivamente porque a raiz dessas espécies absorve muito bem essas substâncias indesejáveis. A segunda substância que a raiz do Ipê mais absorve é o nitrato”, explicou Adriano Almeida, que reforçou o papel significativo da ação também no que se refere à qualidade da água.

A previsão é que as ações de plantio sejam realizadas paulatinamente ao longo de todo o perímetro da estação e se estendam também a outras áreas. A SEDEA informou que ainda este ano um novo plantio, de mil mudas, deve ser realizado pela gestão municipal em Alagoinhas.

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