A Prefeitura intensificou, na última semana, as ações de combate à dengue no município. Com agentes em campo e ações de bloqueio nos bairros, a Vigilância Epidemiológica busca reduzir os índices de infestação do mosquito na cidade e evitar o contato da população com vetores contaminados.
De acordo com a coordenadora de endemias Telma Pio, uma grande ação de bloqueio foi realizada no Silva Jardim, na última semana, e também em Alagoinhas Velha, onde 3 casos suspeitos foram apontados.
“Diante do surgimento de casos suspeitos, a equipe se mobilizou e realizou ações efetivas nos bairros. Os bloqueios são planos de ação para minimizar os riscos de contato com mosquitos possivelmente contaminados. Essas ações envolvem o trabalho focal, com agentes nos imóveis e depósitos, e também o perifocal, em pontos estratégicos. Além disso, estamos fazendo busca ativa de casos, conversando com a população. O que percebemos, a partir dessas entrevistas e levantamentos, é que a maior parte dos casos registrados em Alagoinhas são importados, ou seja, vêm de fora, ou porque a pessoa trabalha em outro município, ou porque passou uma semana, quinze dias, fora. É importante ressaltar também que o LACEM é nosso laboratório de referência e que uma técnica foi disponibilizada para o apoio ao setor de endemias, então facilita a nossa coleta e investigação dos casos registrados”, explicou a coordenadora de endemias.
Segundo ela, as equipes estão agindo diretamente nos pontos críticos, iniciando frentes de trabalho com tratamento nos depósitos, bombas motorizadas e agentes eliminando focos e criadouros, mas o principal desafio continua sendo a conscientização.
“Enfatizamos a importância de se eliminar os recipientes que possam acumular água parada, principalmente no período chuvoso, e pedimos que os moradores permitam a entrada dos agentes para as visitas domiciliares, porque as casas fechadas têm sido um dos principais agravantes no controle do vetor”, ressaltou Telma Pio.
No estado da Bahia, foram notificados 40 mil casos de dengue no primeiro semestre de 2019, um número alarmante e quase 7 vezes maior que 2018, de acordo com dados da Sesab.
Embora Alagoinhas não tenha sido caracterizada com surto ou epidemia, neste primeiro semestre, a cidade segue alerta. De acordo com a Vigilância, a equipe está trabalhando inclusive aos finais de semana, para evitar o número de casas fechadas, e os agentes têm atuado com a pulverização espacial de inseticida em logradouros adjacentes às áreas onde foram registrados casos de Dengue.
Só este ano, bloqueios foram realizados em Santa Terezinha, Praça Kennedy, centro, Inocoop III, Papagaio, Cachorro Magro, Alagoinhas Velha, Barreiro e Silva Jardim.
Ainda de acordo com a Vigilância Epidemiológica, novas ações, com a Comissão de Mobilização, Prevenção e Controle da Dengue serão realizadas nos próximos dias e palestras serão intensificadas junto às escolas municipais.
A coordenação de endemias informou também que o setor aderiu ao projeto “Alagoinhas em Ação”, da Secretaria de Serviços Públicos, que leva intervenções diversas aos bairros da cidade, e que tem realizado ações integradas a partir desta proposta. Ainda segundo a coordenação, uma grande ação será realizada junto às associações de bairro, em 4 finais de semana, unindo presidentes das associações comunitárias, agentes de endemias e população em geral para a prevenção e o combate à Dengue.