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“A gente quer vencer esta luta”, afirma Rebeca Costa; no Dia do Enfermeiro, confira o relato de profissionais que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus em Alagoinhas


12 de maio de 2020, 19:07

A pandemia mudou a rotina e as narrativas. Economicamente, a crise gerada pela expansão do coronavírus afetou até mesmo os países mais desenvolvidos e tem impactado diretamente nos salários, nos empregos, na produção industrial e no comércio. No funcionamento das lojas e empresas, o coronavírus provocou reestruturações totais, e alterou o transporte público, a lógica da circulação de pessoas nas cidades. Com mais de 11 mil óbitos, o Brasil tem acompanhado a reconfiguração no trânsito, nas casas, no âmbito das relações interpessoais e familiares. Para a maioria das pessoas, isso significa menos contato, menos abraços e uma atenção especial às medidas de higiene; máxima distância para evitar os riscos de exposição e contágio. Mas o que acontece com quem trabalha na linha de frente, durante a pandemia?

Para homenagear e agradecer aos profissionais de saúde, que têm atuado diretamente no combate ao coronavírus e cuja dedicação salva vidas, diariamente, a Prefeitura de Alagoinhas acompanhou o relato de 2 trabalhadoras da área. No Dia do Enfermeiro, saiba um pouco mais sobre a rotina de dedicação de Rebeca Rabelo Amaral Costa e de Barbara Santos Lima, na Unidade de Saúde de Alagoinhas Velha.

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Para Rebeca Rabelo Amaral Costa e para Barbara de Lima Santos, o trabalho começa antes do turno normal, às 7h30, com a paramentação. “Usamos aventais, máscaras N95, protetor facial, óculos e luvas de procedimento durante o atendimento de cada paciente”, relatou Rebeca Costa, sobre os cuidados necessários para a atuação na unidade de saúde de Alagoinhas Velha, que funciona como referência para triagem a pacientes da COVID-19.

O cuidado fundamental, seguido conforme os protocolos e cotidianamente repetido pelas profissionais, faz parte das mudanças provocadas pela pandemia. Com equipamentos de proteção individual, elas enfrentam um inimigo invisível e fazem não apenas o que estabelece o dever profissional, mas a vocação. O trabalho que evita mortes, no entanto, não traz garantias. Segundo dados do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), mais de 90 profissionais foram mortos pelo coronavírus no Brasil – um número superior ao somatório de óbitos de enfermeiros na Itália e na Espanha juntas.

Barbara Santos (à esq.) e Rebeca Costa (à dir.), atuam na Unidade de Saúde de Alagoinhas Velha. (Foto: Roberto Fonseca)

“Jamais, na nossa profissão, a gente imaginou que poderia acontecer essa pandemia”, ressaltou Rebeca Costa, que trabalha há uma década como enfermeira. Graduada em enfermagem desde 2004, Barbara Santos, que divide o dia a dia, na unidade de saúde, com a colega de profissão, salientou também a preocupação com as famílias, neste momento. “Nós trabalhamos com uma pressão muito grande devido ao medo de estar levando a doença aos nossos familiares, aos nossos entes queridos. A gente fica no mesmo lugar, no mesmo domicílio, mas eu evito o contato muito próximo por amor”, acrescentou.

Apesar da preocupação com os filhos, e também com os pais – do grupo de risco – as enfermeiras mantém o compromisso do trabalho diário. Todos os pacientes que elas atendem, em Alagoinhas, recebem o cuidado necessário. Aqueles que chegam com sintomas leves têm os sinais vitais aferidos e passam a ser monitorados pelas equipes; os que chegam com gravidade são imediatamente direcionados e referenciados às estruturas de média e alta complexidade, e a Secretaria de Saúde do município conta com o trabalho incansável desses profissionais para fortalecer a rede de cuidados.

Embora descrevam a preocupação latente e a apreensão com a família, diante da pandemia, Rebeca e Barbara continuam atuando na linha de frente. O que as mantêm firmes, trabalhando, mesmo com a expansão mundial do coronavírus?

“A gente quer vencer essa luta”, afirmaram, ambas as enfermeiras. “Não só a gente, a nossa família, mas todo mundo quer voltar a ter uma vida normal, é isso o que motiva a gente. A gente quer vencer essa luta”, reafirmou Rebeca Costa.

Foto: Divulgação

De segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30, elas atuam na unidade de saúde.  Não saem para almoço, não contam com horários restritos, para desempenhar as funções, não operam à distância. Elas atendem. E, à medida que atendem, transformam narrativas. Se o século XXI ficará marcado, de alguma forma, pelo enfrentamento a um vírus de disseminação global, e a geração, por um exílio temporário do convívio social, diante da pandemia, os profissionais de saúde serão reconhecidos pela atuação fundamental.

Assim como Rebeca e Barbara, centenas de profissionais, no município, e milhares, em todo o país, permanecem mobilizados para o enfrentamento ao coronavírus. A recomendação das equipes de enfermagem às famílias, em particular, e à população, em geral, é a mesma: se puderem, fiquem em casa.

A Secretaria de Saúde de Alagoinhas agradece às enfermeiras e enfermeiros, pelo trabalho, e homenageia os profissionais que atuam tanto na rede pública quanto na rede privada.

 

 

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