A Blitz da Cidadania, ação realizada pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) que combate a LGBTfobia foi iniciada nesta segunda-feira (16), no Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães. Em um auditório lotado, estudantes do Ensino Médio puderam acompanhar e interagir durante a palestra que teve como tema o bullying na comunidade LGBTQIAP+. A Blitz será realizada em mais oito unidades escolares de Ensino Médio, até a próxima sexta-feira, 20 de maio.
Em uma pesquisa realizada por organizações não-governamentais em seis países da América Latina, incluindo o Brasil, 73% dos adolescentes brasileiros gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros já sofreram bullying, enquanto 37% dos entrevistados alegaram terem apanhado na escola. Diante dessa realidade, a psicóloga Renata Fortaleza apresentou uma perspectiva voltada para a esfera individual do sujeito, “um sofrimento que ninguém vê”. Ela também incitou os estudantes a serem agentes multiplicadores do que aprenderam na exposição. “Vamos abraçar a diversidade. Somos iguais dentro dessa diferença!”.
A aluna Alesia Evelin, do 2° ano, frisou a importância de discutir o assunto para evitar o preconceito e disse que agora já sabe identificar cada letra da sigla LGBTQIAP+ (Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais/Arromânticas/Agênero, Pan/Poli, Não-binárias e mais). “Toda forma de amor é bem vinda!”, declarou a jovem.
Também aluno do 2º ano, Lailson Santos aprovou a iniciativa e ressaltou a relevância para o desenvolvimento mental dos jovens. “Vou ser mais pensativo antes de fazer brincadeiras de mau gosto. Quero ser mais consciente”.
A turma integra a disciplina de Iniciação Científica, cuja professora Andrea Carneiro, celebrou a atividade extracurricular, que se soma às pesquisas sobre o tema realizadas pelos estudantes. “É essencial refletir sobre essa questão, a final, a juventude precisa ter clareza sobre o assunto, pois formará a sociedade do amanhã”.
O secretário de Assistência Social Rui Costa lembrou que a Blitz faz alusão ao Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, 17 de maio, e a programação foi pensada com o intuito de discutir a cidadania da comunidade LGBTQIAP+ . “O Brasil é o país que mais mata LGBT no mundo, é o que mostram as estatísticas. Eu acredito que as mudanças vão ocorrer se a gente realmente trouxer essa discussão para o campo da Educação, que é a principal forma de transformação social”.
Já a coordenadora de Diversidade Social da SEMAS Luciana Mendes relatou que a mensagem, no Colégio Modelo, foi alcançada, com uma forte interação dos estudantes na dinâmica proposta. “É preciso dar nome às formas de violência para que as pessoas saibam e tenham consciência, a fim de que não pratiquem mais os abusos, como o bullying, por exemplo”.
Confira a programação da semana: