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“4º  Encontro Cultural das Raízes Quilombolas:  Resistência, História e Cultura” aconteceu neste domingo (25) com o apoio da Prefeitura Municipal de Alagoinhas


26 de setembro de 2022, 18:04

Foto: Roberto Fonseca

A Comunidade de Oiteiros, no Distrito de Boa União, realizou, neste domingo (25), o 4º Encontro Cultural das Raízes Quilombolas: Resistência, História e Cultura. A festa, além de ser uma expressão viva da cultura regional, tem como objetivo arrecadar fundos para benfeitorias na capela da comunidade.

O evento contou com apresentações dos grupos de Samba de Roda de Oiteiros, Pedrão e Catuzinho, que colocaram a comunidade para sambar em peso. O público ainda pôde curtir as atrações musicais Eric Gomes, Gil Ramos e Bruno Santana. O grupo de Capoeira de Ivan e o Karatê da Comunidade do Cangula também fizeram demonstração de seus talentos. Por fim, o sorteio beneficente de um fogão foi feito.

Foto: Roberto Fonseca

De acordo com a presidente da Associação de Moradores do Oiteiros, Maria de Lourdes de Jesus, “a valorização da cultura local é um estímulo para a comunidade” e citou a secretária Iraci Gama como grande incentivadora do evento beneficente. “As Raízes Quilombolas de Oiteiros é muito importante para a comunidade, uma tradição nossa há muito tempo! A gente fez esse evento em prol da nossa capela, com a ajuda da Prefeitura de Alagoinhas, por isso quero agradecer  por toda a ajuda”.

Foto: Roberto Fonseca

“Quero agradecer todo esse povo que está aqui hoje, nesse ritmo que contagia, com esse samba belíssimo. Viva a comunidade de Oiteiros e todas as comunidades quilombolas de Alagoinhas! Que essa festa continue por longos anos, com esse mesmo clima de paz, harmonia e bastante alegria!”, declarou a secretária Iraci Gama, com grande entusiasmo. Ela também fez questão de saudar a presidente da Associação, por todo o empenho na realização do Encontro Cultural Raízes Quilombolas. “Vamos dar um viva mais do que especial à D. Lourdes, para que receba todo o nosso carinho, com essa garra que ela sempre tem”.

Foto: Roberto Fonseca

De acordo com a secretária, o apoio às manifestações culturais quilombolas está dentro da política pública de Direitos Humanos. “A comunidade quilombola é a herdeira dessa gente que veio da África escravizada e trabalhou para os proprietários de terra, os latifundiários, nas plantações de cana e fumo, e foram criando aqui suas raízes. Em resumo,  é o conjunto dos herdeiros dessas pessoas que trabalharam aqui e ficaram nessas áreas. Eles são os verdadeiros donos dessas terras!”.

Ainda segundo Iraci, apesar do sofrimento, os negros escravizados deixaram marcas significativas na dança, na música, nas tradições, nos elementos populares e nos costumes. “Essas comunidades têm uma vida própria, uma vida diferenciada, e a gente, como Poder Público, precisamos considerar isso, respeitar e valorizar”.

Alagoinhas tem três comunidades quilombolas identificadas pela Fundação Palmares: duas em Boa União – Oiteiros e Cangula – e Catuzinho, nas imediações de Aramari. Tombador e Buri ainda não foram reconhecidas oficialmente, “mas nós sabemos, pela proximidade física e  das famílias, que elas também o são”.

Fotos: Roberto Fonseca

 

 

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