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“Com a chegada do adubo, fortaleceu a agricultura familiar”, relata a presidente da associação da Mangueira, uma das quase 40 comunidades rurais que serão beneficiadas com a distribuição de insumos


18 de junho de 2020, 19:53

A entrega de adubo orgânico às comunidades rurais tem gerado resultados efetivos para o desenvolvimento e a melhoria dos solos agrícolas. Pelo 4° ano consecutivo, a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Agricultura (SEMAG), distribui, às associações de agricultores familiares, adubo de esterco de galinha, utilizado como fonte de nutrientes durante o cultivo da terra. A secretaria visa incentivar a produção rural, fomentar o desenvolvimento do campo e fornecer subsídios para o plantio. Com o incremento e o aumento da produtividade do solo, agricultores ativos nas lavouras conseguem complementar a renda das famílias.

De acordo com o secretário municipal de agricultura, Geraldo Almeida, este ano, aproximadamente mil toneladas de adubo serão entregues, beneficiando cerca de 1500 agricultores de quase 40 comunidades rurais. Segundo ele, a distribuição do insumo, que já vinha sendo realizada nos anos anteriores, foi ampliada em 25%, em 2020, e o intuito é contribuir com suporte aos trabalhadores do campo, que também tiveram suas rotinas de escoamento e produção afetadas pela pandemia do coronavírus.

Nascida e criada na região da Mangueira – que já recebeu os insumos, este ano –, Evaneide Rodrigues Souza de Jesus, designada pela própria comunidade como presidente da associação comunitária dos agricultores do povoado, avalia positivamente a iniciativa.

Evaneide de Jesus destaca a importância do apoio à agricultura familiar (Foto: Roberto Fonseca)

“Com a chegada do adubo, fortaleceu a agricultura familiar. Muitas pessoas tinham a roça e, às vezes, não tinham condições de comprar o adubo; se viravam do jeito que podiam. Com a chegada do adubo, eles já têm isso como certo. O ano passado veio uma parte. Esse ano, quase o dobro de pessoas foram contempladas”, pontuou Evaneide de Jesus. Atualmente professora, de formação, gestora de unidade escolar e presidindo a associação dos agricultores da Mangueira, que há uma década permanecia desativada, Evaneide viu, desde cedo, a colheita do campo se transformar em oportunidade de desenvolvimento; aos 77 anos, sua mãe, Maria Elsa de Souza, produtora rural, conta que, para adquirir os livros de estudo, quando a filha estava em idade escolar, negociou com uma professora, dona de antiga livraria, em Alagoinhas, a troca do material por frutas e verduras entregues semanalmente.

Aos 77 anos, Maria Elsa de Souza planta milho, mandioca, mamão, laranja, amendoim. Todos os dias, ela se dedica ao cultivo e ao cuidado com a terra, na região da Mangueira. (Foto: Roberto Fonseca)

Agora graduada, com uma trajetória na área da Educação e atuando desde 2014 como gestora de unidade de ensino, Evaneide de Jesus busca fazer do campo oportunidade de desenvolvimento também para outras pessoas. “O produtor rural, para mim, é o trabalhador mais importante que existe, porque, através dele é que vai ser produzida a matéria-prima para todas as outras coisas que a gente compra e que a gente precisa para sobreviver”, destacou.
Os números mostram que ela está certa quando afirma que aquilo que vai para a mesa das pessoas é resultado do trabalho desenvolvido no campo por pequenos produtores familiares. Em índices gerais, as pesquisas mostram que mais de 80% da mandioca e 70% do feijão servidos cotidianamente no prato do brasileiro vêm da agricultura familiar.

É com foco em impulsionar esse desenvolvimento, e em fomentar a atividade do campo – aponta Geraldo Almeida – que a Secretaria Municipal de Agricultura tem trabalhado. “Desde o início da gestão, o prefeito Joaquim Neto tem tido uma atenção especial com as questões da zona rural. Nós sabemos que existem desafios, mas estamos conseguindo avanços importantes. A entrega de adubo orgânico para incremento à produtividade nas lavouras, a distribuição de insumos e o apoio às associações rurais, por meio de capacitações, maquinário e parcerias, fazem parte dessa busca da gestão por políticas públicas que potencializem o desenvolvimento do campo. Temos visto essa transformação se concretizar na prática”, afirmou o gestor da pasta.

(Foto: Roberto Fonseca)

Segundo a presidente da associação da Mangueira, Evaneide, os incentivos da SEMAG aos produtores têm feito a diferença. “É muito importante, porque ele [o agricultor] já pode contar com o adubo, por exemplo, sem tirar da sua própria renda. Além disso, a produção dele vai ter uma qualidade melhor e, se tem uma qualidade melhor, logo, vai ganhar melhor, aumentar sua renda e ter mais valorizado o seu produto”, comentou a filha da produtora Maria Elsa; e completou “(…) nunca existia essa entrega de adubo. Vou lhe dizer melhor: não existia uma facilidade de acesso às secretarias do município”, explicou. À frente da associação, Evaneide enfatizou a importância de valorização da agricultura familiar e salientou o apoio da SEMAG. “S. Geraldo sempre nos atende com muita delicadeza e atenção”, relatou.

O secretário informa que a entrega de adubos ainda não foi concluída, e que a distribuição – assim como os projetos e ações da secretaria em apoio ao trabalhador rural – continuam. Este ano, os insumos já chegaram, além da Mangueira, também à Associação de Agricultores Familiares do Rio Branco, à Associação Quilombola dos Produtores Rurais do Cangula, à Associação Comunitária dos Produtores Rurais do Alto da Lagoa, à Associação dos Agricultores Familiares de Vila do São João e Cajazeiras, à Associação Comunitária da Calu e ao Catuzinho. Novas entregas estão previstas para junho e julho.

Cerca de mil toneladas de adubo serão entregues, este ano, aos agricultores familiares. A distribuição foi iniciada no último mês. (Foto: Divulgação)

Área de cultivo de Dona Maria Elsa, na região da Mangueira. (Foto: SECOM)

 

 

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