Depois da divulgação do novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes Aegypti (LIRAa) em Alagoinhas, a Comissão de combate à Dengue reuniu, na última quarta-feira (29), agentes de endemias, representantes das instâncias municipais e secretarias para organizar ações estratégicas que ajudem a reduzir o índice de infestação na cidade.
Isso porque, embora tenha diminuído o percentual de focos do mosquito em relação ao 2ª LIRA, realizado em junho, quando o índice foi de 5,9%, o relatório mostra que o município ainda não está dentro da métrica preconizada pelo Ministério da Saúde, que deve registrar um valor inferior a 1% para um resultado satisfatório.
O 3ª LIRA, divulgado em agosto, aponta que Alagoinhas apresenta hoje um índice de 3% no que se refere ao controle vetorial. “Apesar de não ser um índice epidêmico, é um número que nos preocupa porque existem localidades hoje, no município, em que tivemos muitos registros. É importante destacar que as visitas domiciliares têm sido feitas por nossos agentes e que a Comissão interinstitucional tem trabalhado justamente com ações integradas entre as secretarias chamando a atenção da população sobre a necessidade de eliminar os pontos de água parada, onde o mosquito se prolifera”, explicou Telma Pio da Silva, da Comissão de Mobilização, Prevenção e Controle da Dengue.
Com base nas informações coletadas no levantamento divulgado em agosto, a Comissão identificou localidades onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito para pensar estratégias de ações nos bairros sinalizados.
“Organizamos ações para desenvolver nas localidades que estavam situadas dentro dos estratos com maior índice de infestação predial, que é o indicador que calcula o percentual de imóveis com presença de criadouros positivos para larvas de Aedes aegypti. A partir disso, vamos seguir com treinamentos, visitas domiciliares e faxinaços para alertar a população”, informou Danilo Cardoso, vice-presidente da Comissão.
No início do mês, a Comissão fez um mutirão de limpeza na Baixa da Candeia. Telma da Silva informou que também já foi realizada uma grande ação no Barreiro, mas os agentes de endemias enfatizam que é importante conscientizar a população para que o morador também se responsabilize e faça parte do processo. “A maioria do foco de mosquito hoje está nas residências”, comentou Telma Pio da Silva.
Desta vez, as localidades que apresentaram maior índice de infestação foram Barreiro de cima, com 27 amostras coletadas, Urbis III, Conjunto Bom Viver e Jardim Pedro Braga.
“É preciso chamar a atenção da população para que as pessoas lavem os tanques com escovas, fiscalizem os depósitos, eliminem a água parada de vasos, garrafas, plantas, pneus. As visitas periódicas eliminam o foco de criadores, mas não conseguem sanar todos os problemas”, salientou Telma Pio.
A Comissão de Mobilização, Prevenção e Controle informou ainda que, no dia 12 de setembro vai realizar um novo faxinaço para conscientizar a população e eliminar focos, buscando resultados satisfatórios que evitem a proliferação do vetor.