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Em Alagoinhas, profissionais da Secretaria Municipal de Educação se reúnem para debater a construção do currículo Bahia


7 de novembro de 2018, 18:21

Com a perspectiva de debater sobre a construção de uma educação pública de qualidade em todos os municípios, conforme preconiza a Lei de Diretrizes, do Governo Federal, a Prefeitura de Alagoinhas, por intermédio da Secretaria de Educação (SEDUC), paralisou as atividades das unidades de ensino, nesta quarta-feira (7), para o “Dia D” de mobilização, socialização e apropriação do currículo Bahia.

A intenção é que professores, gestores, coordenadores pedagógicos, diretores e vice-diretores da rede municipal contribuam para a construção coletiva de um currículo unificado para a Educação Básica. A proposta faz parte da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que vem sendo discutida entre profissionais da rede.

“Estamos debruçados, estudando as proposições que partem de marcos legais, como a LDB, o BNCC, que vai fundamentar esse documento, os marcos teóricos, metodologias educativas que fundamentam esse currículo e as modalidades, que são educação quilombola, cultura digital, educação ambiental, educação para o trânsito. Estamos avaliando esse documento e dando nossas contribuições, além de estarmos avaliando também a parte curricular, por disciplina, ano e área de conhecimento”, pontuou Daniele Batista Costa Nascimento, coordenadora da Escola Marco Maciel, que participou de um dos núcleos de discussão.

Imagem: Divulgação

O desafio do encontro entre profissionais do setor, segundo a Secretaria de Educação, é também partir de uma construção coletiva que abarque as particularidades de cada região, possibilitando o desenvolvimento do aluno em todas as esferas. “A ideia que vem da base não é apenas tornar tudo comum, e sim fazer com que o aluno, aqui em Alagoinhas, tenha acesso aos mesmos conhecimentos e possa desenvolver as mesmas competências que outro estudante de qualquer região do país. Isso deve ser feito respeitando os aspectos culturais e a tradição de cada localidade. Então a rede municipal parou esse dia para estudar e para que os professores pudessem analisar o currículo Bahia, apresentando suas contribuições”, afirmou Keite Lima, diretora pedagógica da SEDUC.

No total, a rede foi organizada em 13 polos de discussão, de grupos que devem partir das considerações para preencher formulários que serão lançados ao sistema. Os apontamentos podem ser submetidos até o dia 13 deste mês, quando o documento ainda estará em aberto na plataforma.

“Todas as sugestões vão para a apreciação do grupo responsável pelo currículo Bahia. Isso é um avanço muito grande. Quando o que é pensado em educação sai do âmbito do gabinete e se estende às escolas, tendo o professor ativamente no processo, isso rende frutos positivos. O professor faz parte da educação. Ele não tem que ser apenas um reprodutor de livro didático nem de leis. É o professor que está em sala de aula, lidando diariamente com o contexto das unidades, então as constatações que partem dele são fundamentais. Isso é uma preocupação desde quando a gestão assumiu este compromisso. A educação precisa ter laços de afeto para que a aprendizagem ocorra significativamente. Nós temos uma rede que contribui, com professores muito participativos que precisam ser ouvidos”, destacou Keite Lima.

Segundo Daniele Nascimento, que há 13 anos faz parte da rede municipal de ensino, a iniciativa foi democrática ao reunir profissionais de todas as esferas para a discussão. “É a democracia acontecendo, porque a gente tem um histórico dos currículos chegarem para as escolas prontos e acabados, sem ouvir a opinião do professor, a contribuição e a nossa realidade. Hoje temos a possibilidade de contribuir para um documento que vai ser norteador e que vai servir de base para as futuras gerações”, afirmou.

A Secretaria Municipal de Educação enfatizou que os profissionais têm considerações a fazer e que os apontamentos gerados em rede devem contribuir para a formação de uma base comum.

 

 

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