A capoeira é uma das tradições de origem africana germinada na Bahia, que se espalhou pelo Brasil e ganhou o mundo. Em Alagoinhas, este Patrimônio Imaterial da Humanidade cada dia fica mais forte ainda, o que se demonstra no sucesso do 3º Festival Anual de Capoeira Expansionismo, realizado com o apoio da Prefeitura, por meio das secretarias de Cultura, Esporte e Turismo (SECET) e Educação (SEDUC).
O encerramento do evento, idealizado pelo Mestre Nildo, aconteceu no último domingo (04), no Ginásio de Esportes, com a presença de diversos grupos de capoeira e a participação da secretária Iraci Gama. “É com muita alegria que a Secretaria de Cultura Esporte e Turismo apoia os eventos de capoeira, essa tradição de origem africana, marca da resistência dos escravos que, diante da opressão do branco português dominador, conseguiram inventar determinados movimentos que se tornaram golpes de defesa”.
Premiado dentro e fora da Bahia, Mestre Nildo traz a tradição da capoeira “como uma marca da sua própria vida em benefício da nossa comunidade de Alagoinhas”, ressaltou a professora Iraci.
Mestre Nildo tem 41 anos de prática e, há 27 ensina capoeira no município. “Vejo a capoeira como uma arte que é genuinamente brasileira, que é uma cultura minha, sua e de todos nós”. Segundo ele, seu uso na Educação contribui não apenas para o corpo físico, mas atua na mente e ajuda na socialização e resgate dos jovens adolescentes “porque muitos estão precisando, realmente, de uma atividade para ocupar a mente”.
Dentre os benefícios da capoeira elencados pelo Mestre estão elasticidade, flexibilidade, equilíbrio, ritmo, potência, força, destreza, bom condicionamento físico e preparo emocional, “que é mais importante para todos”.
O Festival de Capoeira Expansionismo começou no dia 1º de Setembro e contou com sessão especial na Câmara de Vereadores; Noite Cultural na Praça dos Esportes; Exposição no estacionamento da Prefeitura com rodas de capoeira; vivências, oficina de caxixi e de percussão no Centro de Cultura; além de um “Luau ao Som do Berimbau”, na Vila D’Alagoinha.
Fotos: Roberto Fonseca