De pequena vila no entorno da lagoa a polo regional do norte e agreste baiano, Alagoinhas passou por várias fases de desenvolvimento, que incluem o povoamento inicial na estrada de passagem para o sertão, a construção da Estação São Francisco, o crescimento do comércio impulsionado pelas ferrovias e o processo de industrialização, com a chegada das grandes empresas.
Mas o grande pilar de todo o desenvolvimento, segundo Iraci Gama, secretária da pasta de Cultura e vice-prefeita do município, foi a educação. “O que eu sinto é que um ponto que foi muito importante nesse desenvolvimento foi a educação. Alagoinhas sempre teve uma fama de escolas boas, de bons professores. Esse foi o primeiro pilar”, afirmou.
A professora destacou que a estrada de ferro, construída pelos ingleses, que trouxe também para a região um grande número de franceses, influenciou nesse processo educacional. “O primeiro jornal de Alagoinhas, chamado ‘O Noticiador Alagoinhense’, trazia um convite do diretor da escola para que a sociedade fosse à Câmara assistir a aplicação de exames aos alunos, que fariam prova de matemática, português, latim e inglês. Isso terminou gerando uma influência muito grande na educação”, ressaltou.
Iraci Gama mencionou escolas da iniciativa pública e também do setor privado que se expandiram no decorrer dos anos e proporcionaram ensino de qualidade aos alunos da região, e enfatizou que o desenvolvimento impulsionado pela educação, entretanto, não é pauta antiga. “Se você observar, tínhamos o colégio de maior destaque na região. O Ginásio de Alagoinhas foi um celeiro de pessoas que ganharam projeção. E recentemente tivemos o IF Baiano, inaugurado em março, no mesmo dia da Faculdade de Medicina. Isso significa que a cidade continua tendo essa vocação para a área educacional, o que é muito importante para nós e contribui decisivamente para o desenvolvimento da cidade”, pontuou a professora.
De acordo com o atual secretário municipal de Educação, Fabrício Faro, ao longo do tempo, Alagoinhas se concretizou como um polo educacional e se tornou referência entre os municípios vizinhos. “Muita gente hoje da redondeza procura a cidade para complementar seus estudos, para procurar sua formação, seu engrandecimento educacional. Cada vez mais, temos nos empenhado em fortalecer isso através de uma educação pública de qualidade. Temos muitos ganhos em 2017 e agora, em 2018, com certeza, teremos muito mais”, garantiu o gestor que, só no ano passado, atuou em intervenções de 78 escolas municipais, com ações de requalificação total dos espaços de estudo para proporcionar aos alunos um ambiente seguro.
Na data comemorativa de emancipação da cidade, o secretário de educação aproveitou para se juntar ao prefeito em mais uma decisão que afeta diretamente o pilar de que falava professora Iraci quando citou a importância da educação para o desenvolvimento da cidade: aproveitando a data cívica e o desejo de novos avanços, Joaquim Neto anunciou, neste 2 de julho, 2 ordens de serviço relacionadas ao setor, uma para a creche do Jardim Petrolar e outra para a creche do Barreiro. “Essas creches foram demandas da população que ouvimos muito na época da campanha. Isso, cada vez mais, nos fortalece, fortalece a educação no nosso município, porque estamos oferecendo vagas em todas as esferas educacionais no que compete à educação administrada e coordenada pela prefeitura municipal de Alagoinhas”, comentou Faro.
Com uma série de ações realizadas e grandes transformações estruturais, como na Escola Tomé de Souza, na Péricles Nogueira, na Escola Municipal Nossa Senhora das Graças, na Santa Luzia e na José Nicolau, sem contar a nova escola completamente construída na Capoeira, a Secretaria de Educação continua acreditando no ensino-aprendizagem como forma de continuar impulsionando o desenvolvimento da cidade, 165 anos após a emancipação política. “O foco agora é no futuro”, finalizou o gestor da pasta.