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Prefeitura homenageia centenário de Maria Feijó no encerramento da FLIA


30 de novembro de 2018, 16:13

A 1ª edição da Festa Literária de Alagoinhas (FLIA) terminou ontem (29), com declamação de poemas, encenação e painéis em homenagem ao centenário da escritora Maria Feijó.

Descrita pelos pesquisadores como irreverente, a mulher à frente do seu tempo, que saiu de Alagoinhas vislumbrando possibilidades de novos caminhos na trajetória, se tornou membro da Academia Castro Alves de Letras e foi homenageada, no mês em que completaria 100 anos, pelo legado de sua produção intelectual.

No centro da cidade, quem passou pelos estandes da FLIA, nesta quinta-feira, encontrou artistas locais, pesquisadores, admiradores da obra da escritora e amantes da literatura com declamações na praça pública que recebe o nome do também escritor e jornalista Rui Barbosa.

Os atores Jorge Galdino, José Olívio, Noêmia Alves, Gabriel Bandarra, Lia Ferreira, Luana Santana e Luzia Senna abriram a noite de homenagens com uma peça teatral e fizeram intervenções artísticas intercaladas a apresentações acadêmicas de alunos, enquanto as declamações dos poemas de Maria Feijó partiam de Madrilena Berger, Izabel Cristina, Maria Clara Schramm e Eva Evangelista.

No evento, a professora Normandia Azi falou sobre as transgressões de Maria Feijó na década de 50 e ressaltou a importância do repertório, da memória e da produção literária da escritora.

A solenidade de encerramento da FLIA, que começou às 20h, contou ainda com apresentações musicais e de dança. A organização da noite ficou por conta da Casa do Poeta (CASPAL) que, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo (SECET), buscou, na produção local, as referências para realizar a 1ª Festa Literária do município.

Quem finalizou a programação cultural foi Daniela Brandão, que relembrou seus momentos como primeira pesquisadora voluntária em torno da obra de Maria Feijó.

Com mais de 20 livros publicados, a escritora que comandou uma rádio na década de 50 e que muito contribuiu para a ascensão das mulheres brasileiras na literatura do século XX, mas que se viu impelida a sair de Alagoinhas para alcançar os ideais em que acreditava, teve, com a 1ª FLIA, sua obra reconhecida pela cidade onde publicou as primeiras palavras.

A SECET distribuiu um folheto com a biografia da escritora para visitantes e informou que a rede de experiências com a primeira festa literária deve trazer ainda mais repertório e bagagem para que a leitura se torne uma prática contínua. “O maior legado que ela [Maria Feijó] deixa é a liberdade de expressão de uma mulher que lutou para escrever, para publicar, para trazer essa produção à terra natal e também para ocupar novos espaços. É, portanto, uma herança de vibração, entusiasmo e produção intelectual. É com muito orgulho que homenageamos a escritora, que diz muito sobre a produção literária da nossa cidade”, finalizou Iraci Gama, vice-prefeita e secretária da pasta de cultura.

Confira o álbum de fotos:
SECET - Maria Feijó

 

 

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