Promovendo discussões sobre atitudes que podem impactar diretamente na conservação da flora e no equilíbrio dos ecossistemas, a Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Desenvolvimento e Meio Ambiente (SEDEA), decidiu comemorar o Dia da Árvore com uma ação de ordem prática no município: levou os alunos do Colégio Municipal Alagoinhas IV para o bairro do Miguel Velho, nas proximidades do Rio Aramari, e distribuiu entre eles mudas de cajueiros, genipapos, ipês amarelos, aroeiras, ingás, jequitibás e cambuás.
Foram 11 espécies e mais de 200 pontos que ganharam uma nova planta e uma nova “cara”, após o trabalho com os estudantes. Resultado que vem da proposta de preservar e interfere não apenas no meio ambiente, mas na conduta de quem pode contribuir para manter a biodiversidade.
“É uma forma de contribuir com a natureza. Eu recomendo para vocês plantarem, mesmo no quintal das suas casas. Quando observarem um rio secando, vocês plantam também”, disse João Paulo da Silva Anunciação, de 10 anos.
Para Yasmin Santana, também de 10 anos, a ação foi positiva. “Foi muito divertido e é bom para o meio ambiente. Eu aprendi que a gente não pode matar as plantinhas”, afirmou, enquanto a pequena Raíssa, de 5, contava aos colegas de escola que aprendeu a cavar um buraco para colocar a plantinha.
De acordo com a ecóloga Arivânia Santos Pereira, da SEDEA, o significativo da ação é justamente gerar a participação efetiva, envolvendo, desde cedo, o cidadão. “Benjamin, o filósofo, dizia que, se você falar, a pessoa pode aprender, mas que, se você mostra, ela não esquece jamais. Então aqui, mais do que falar, o que queremos é dar o exemplo, mostrar para os meninos a importância de se recuperar, a efetividade de se plantar uma árvore”, ressaltou.
A atividade faz parte do programa “Alagoinhas 3+”, especificamente do projeto “Preserve +”, voltado à recuperação de áreas degradadas da cidade. A iniciativa é fruto de um trabalho integrado entre Secretaria de Desenvolvimento e Meio Ambiente, Secretaria de Educação e Secretaria de Saúde, e a consequência esperada a partir do plantio realizado nesta sexta-feira, segundo a ecóloga, é também a revitalização dos corpos hídricos do município.
“O objetivo principal hoje era fazer a recuperação dessa área, que é uma área de mata degradada cuja vazão do rio se encontra com um índice muito baixo. Então a gente recupera a mata ciliar e, por consequência, aumenta a vazão do rio. O rio Aramari é um dos principais afluentes que deságuam no rio Catu, então a importância de se recuperar esse rio não se finda nele”, pontuou Arivânia Santos.
O prefeito Joaquim Neto acompanhou as crianças, participou do plantio e falou sobre a importância das atividades educativas, com métodos dinâmicos de compartilhamento do conhecimento também fora da sala de aula, e o secretário de desenvolvimento e meio ambiente, José Edésio Cardoso, acrescentou que a ação realizada não foi pontual. “No entendimento do conceito e dos objetivos para o qual se pensou o programa, o intuito era educar para não adoecer. Esse foi o lema, que agora é também ‘preservar para a longevidade’. O que temos feito é pensar ações que possam ultrapassar os muros escolares”, destacou.
A SEDEA informou que o plantio estratégico de espécies de mata atlântica deve se estender não apenas a outras escolas, mas também a diversas comunidades. A secretaria reafirmou o compromisso da gestão com a questão ambiental e ressaltou a importância de se trabalhar os conceitos da educação ambiental junto às escolas.
A previsão é de 4 mil mudas sejam plantadas até o final da gestão.