Deixar para trás a cidade onde nasceu e cresceu, cruzar a fronteira do estado, percorrer ainda outros três – Pernambuco, Alagoas, Sergipe – rumo ao desconhecido, 784 km além. Aí está uma decisão que requer uma dose significativa de coragem. Flávia Lima de Araújo tinha apenas 26 anos quando saiu de Campina Grande, Paraíba, rumo a um município no interior da Bahia no qual jamais havia pisado os pés: Alagoinhas.
Na bagagem, além do diploma em Engenharia Civil e um mestrado em Engenharia Sanitária e Ambiental, a jovem trazia consigo não apenas a curiosidade frente à nova vida, como também a determinação de quem, a partir da nova realidade, queria fazer a diferença. Mas como Flávia poderia imaginar que, após dar aula em faculdades locais, entraria para a história do Serviço Autônomo de Água e Esgoto como a segunda engenheira concursada a ingressar na instituição, aliando seu conhecimento teórico à vivência prática?
No histórico de suas responsabilidades na autarquia figuram, por exemplo, análises e viabilidades dos projetos; duas etapas fundamentais para o desenvolvimento das obras e que requerem, cotidianamente, qualificação, comprometimento, foco. “Se hoje eu sou uma profissional melhor, eu devo isso em grande parte à minha experiência no SAAE”, conta Flávia, que atualmente está à frente da CPPO, a Coordenação de Planejamento de Projetos e Obras da qual dependem todas as obras – sejam elas feitas com recursos próprios, sejam provenientes de convênio.
Para Flávia, a felicidade de ser SAAE não se resume apenas a um item, pois as razões são várias: os contatos enriquecedores com diversos profissionais da área, os desafios recompensadores, o convívio com os colegas, a execução das tarefas com o máximo de dedicação, sempre atendendo às determinações das normas. Acordar todos os dias e ir para o SAAE, passar pela porta do setor de Engenharia, sentar à mesa e trabalhar em algo tão importante quanto abastecimento de água e saneamento, ciente da influência do seu trabalho na vida das pessoas, é um fator determinante para sua alegria profissional. De modo que o saldo, passados tantos anos desde sua chegada a Alagoinhas, não poderia ser outro: “Positivo, com certeza”.
A pessoa que chegou há quase uma década, hoje não faz segredo: “Ah, eu já me sinto da cidade. É um privilégio morar aqui, onde há água em abundância e de qualidade, e ainda mais trabalhando numa autarquia do nível do SAAE”. Inclusive, a sensação de pertencimento não seria minimamente possível não fosse o SAAE, dia após dia proporcionando um crescimento não apenas profissional, mas também pessoal. Assim, resumir em uma palavra como é fazer parte dessa história de 53 anos não é difícil: “Gratificante!”, exclama Flávia.
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